Pampilhosa Linda

Espaço de libertação intelectual no âmbito das realidades transcendentes que ultrapassa as amplas margens da ortodoxia, com incursões na antropologia filosófica e na psicognosia, de cariz socio-cultural tenuamente perfumado com poéticas gotículas proeminentemente irónico-macónicas! Bem hajam!!!

quinta-feira, setembro 22, 2005

Dura lex, sed lex



“A Liberdade é o direito de fazer o que as leis permitem”

Montesquieu

A ignorância em geral aniquila-me os sentidos. Quando é assumida como estilo de vida é algo intelectualmente atroz que roça o grotesco. A postura, caro leitor, é nestas ocasiões essencial. Somos todos ignorantes em relação a qualquer coisa em determinado contexto. Parece-me evidente, um lugar-comum! Mas há limites. Ora há por aí muito palhaço que se julga imune, vacinado contra tudo e todos. No actual contexto de eleições regozijo-me com os cambiantes dos discursos políticos: “o Sr. prometeu que faria o que deveria ter sido feito quando não fez, prometendo porém...”. A forma verbal prometer é de resto fundamental na compreensão desta pandemia e estes amigos arrogam-se salvo-conduto e espalham panfletos por tudo quanto é canto, erguem cartazes hediondos em locais sociais (ver texto A Mulher de César) e inundam-nos a Ágora com ruidosos megafones que vomitam, repetidamente, as suas mensagens polissémicas. Pois bem, polissémica é também a interpretação que podemos efectuar em relação à nossa lei fundamental. No contexto actual, qualquer recluso, candidato a autarca, goza da imunidade que esta lhe concede e pode, na prática, pavonear-se em liberdade durante a sua campanha eleitoral. Ridículo meus amigos, ridículo! Na iminência de ver confiscada a sua liberdade por um mandato de captura a outra Sra. foi de férias. Pois bem, regressou! Regressou não para ser julgada mas para perpetuar as virtudes na sua autarquia! E a populaça, pergunta o leitor mais distraído? A populaça, conivente, reúne e aplaude à porta do tribunal de fotografia em riste com a referida Santa de Foleiras estampada: é horripilante o défice de decência moral e social destes indivíduos! A Constituição da República Portuguesa prevê no artigo 13º que “todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei (…) e ninguém pode ser privilegiado ou isento de qualquer dever em razão de (…) convicções políticas, ideológicas, instrução ou condição económica.” Qual foi a parte que esta gentinha não percebeu? Constituição da República Portuguesa? É a lei fundamental de qualquer Estado civilizado e tenho para mim que quem reúne em euforia para aplaudir Sras. desta safra compactua com as mesmas atitudes e assume, consequentemente, a mesma postura social. Tendo em conta os últimos indicadores económicos concluo que indivíduos desta natureza não são precisos a Portugal: jorram das sarjetas. Uma corja de malandros e ignorantes! Felizes? Talvez! Mas malandros e ignorantes. As melhoras!

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

é obvio a malta precisa da reforma aos 40 no máximo 45 anos

12 outubro, 2005 20:26  
Anonymous Anónimo said...

A ignorância é como a fome... não tem fim...

15 outubro, 2005 09:01  

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