Os 4 Fantásticos
Rádio bordado a palha ronfando Fado, Futebol e Fátima; TV a preto e branco; Artur Agostinho algures em Dallas vendo JFK criar o D. Sebastião americano, enquanto os nossos bravos soldados diziam: para a minha família um bom Natal e um próspero Ano-Novo, que nós por cá todos bem…, proferindo em voz presa e arrastada com a mesma vontade que eram obrigados a derramar tiros e napalm nas florestas de cajueiros, ou nas fazendas de sisal e café, em nome de um Império do Nada que nada foi nem nunca poderia ter sido, em terras de donos de Neverland que os impeliam a atravessar Espanha em busca, não do Eldorado, mas do simples pão; tempos em que prevalecia o 4 como numero mágico; sinais de um tempo em que uma secular e fechada China vivia a revolução cultural traçada pelo bando dos 4, ao mesmo tempo que em Liverpool 4 cabeludos, de trunfas cortadas ao estilo Stº António, escreviam e compunham baladas que faziam desmaiar raquíticas pseudo-puberes que só de os ver se arreganhavam; tempos em que Waters, Gilmour, Mason e Wrigt compunham finalmente algo de novo depois da Sagração da Primavera, enquanto que por aqui tristemente só… 1111. Bons tempos em que a B.D. corria célere nas catacumbas do Bife, no Salgueiro ou na Almedina de Coimbra com o Super-Homem, os livros de Guerra e Cowboys, os 4 Fantasticos (hoje Fantastic Four), os Dalton que eram 4 e os Metralhas também, momentos em que o Manel do Porto ainda só tinha 4 filhos e o velho Pires dava à manivela colando pela 4ª vez na sessão a fita do Ben-Hur, entre acordes da 4º sinfonia do surdo Beethoven ao mesmo tempo que na matiné ou soirée o Ti- David ou a Rosa 14 permitiam bondosamente correr pelas coxias 4 Indomáveis Patifes, qual Cinema-Paraíso, ao mesmo tempo que se esvaziava uma garrafa de verdadeiro vintage acompanhada de tremoço ou pevide, colado a cadeiras de ferro-e-pau (ferrovia), de tecto azul celestial, anjos dourados que tudo permitiam, até os mais ousados impropérios do Neca; mas tudo isto apenas para dizer que aqui, nesta terra benzida e urdida pelo ferro, barro e fogo, também possuía-mos 4 Formidáveis Magníficos que continuavam impunemente a visitar adegas, qual domingueira peregrinação em volta do tinto (ocultando piri-piri), quais Bhudas buscando a perfeição, monges para os quais a máxima de vida era: "Se és bom Pampilhosense mostra-me então a tua adega"! Com os bolsos recheados de malaguetas (objecto de provação), enxugavam sequiosamente um copo com os bordos maliciosamente besuntados (ou a broa ou o chouriço) com estranhos objectos aos quais não era permitido referir ou acusar cobardemente o toque picante, emborcando o néctar com as faces ruborizadas de dor e ardor ao mesmo tempo que, estoícamente, diziam: Aiií…que este vinho é mesmo bom!.
31 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Com piri-piri ou sem ele,
que bons eram esses tempos !
chuif ... chuif...
Agora é só cerv... argh..
(não consigo dizer o nome dessa coisa !)
vamos cantar todos ?
pode ser que dê resultado!
nunca se sabe!
desde que eu soube que faziam vinho sem uvas, Acredito em tudo !
ora vamos lá ...
" ó tempo volta pra trás ... "
Obrigado Randulfes... este post trouxe-me à memória algumas figuras dos meus tempos de menino.
É verdade... eu ainda sou do tempo (qual publicidade de hipermercado), em que chegava de coimbra das aulas no "Beirão" ou na "Tómotora", comprava uns cromos no Sr. Salgueiro (tambem lá comprei a minha primeira Gina...), bebia uma ou duas gasosas Buçaco no Mário Bife, seguido de uma jogatana de matrecos com alguns comparças !!!
Bons velhos tempos esses...
PS: Sempre me intrigou como é que aquele velho frigorifico ruidoso e ferrugento, conseguia manter a gasosa tao gelada que até partia os dentes.
Existe uma questão que me intriga: estes magníficos participarão também nas caretas da rua do casal? É uma vida de boémia e paródia...
Juízo.
SIM SENHOR, MUITO BEM
ESTOU A GRAVAR
Ó Randulfes:
o gajo só de ler o cabeçalho deste blogue apetece-lhe logo volttar para trás.
Tá do camandru !
O teu aparelho não dá para gravar em minúsculas?
tenho pena de só reconhecer dois na cena da malagueta nas adegas.
Ainda não deu !
Têm que cantar TODOS !
vamos lá,
desde o início...
Epá este pampichérsos é mt mal formado!! Será invejosa
ou sentimentos de inferioridade???
Boas!
Estive a ver o vosso blog, e para ser sincero achei-o um bocadinho chato.
Gostava de vos recomendar antes o estilo do nosso. Pois estamos aqui tão perto.
www.amoteluso.blogspot.com
Isto sim, já deita algum sumo.
Bem pessoal, cumprimentos de um Lusense, mas com amigos na Pampilhosa!
Vá lá! Pessoal, dêem lá uma espreitadela ao nosso blog.
Visitar eu visito !
mas ...
...
Têm agnip ?
Se estás á espera que vá vêr o que quer dizer
" Pampilhosa ab initio "
estás um BOCADO enganado !
ha ha ha ha ha ha ...
Prezado PAMPIchérsos,
Como deverá ter conhecimento, a palavra "comentário", seguindo a sua raíz etimológica (do Lat. "commentariu"), significa "análise", "crítica", "observação de carácter irónico ou mordaz", etc..
A liberdade de expressão é um princípio base que impera neste espaço. Logo, analisando o seu comentário, não compreendo o seu propósito ou intenção.
Caríssimo pampichérsos,
você é aquilo a que a bíblia chama "uma besta do c..."
Mateus v.17 p.11
ó rapazinho do Luso seja ou não uma costoleta (o que não me parece nada)redima-se à pouca importância intelectual que a sua localidade assume no actual panorama concelhio!!!
E Pampilhosa a sede de Concelho!!!
heheheheh!!
Ok pampichérsos estás perdoado!
Caro pampichérsos,
por mim escusa de pedir desculpa, mas o "nucleo erudito da rancheta" e a própria "rancheta" não devem ter ficado muito contentes...
baixou a cabeça!
é bom.
para começo não está mal!
mas ...
não são os burros (quando puxam a carroça)que andam de cabeça baixa?
μεγάλοι διανοούμενοι περιττώματος αρκούδων
интеллигентки экскремента больших медведей
esta da rancheta tá engraçada!!!o anonimato corrompeu-se???!
A verdade anda por aí basta procura-la... Mais um capitulo de "Ficheiros secretos"
O que vale é que a rancheta já não é o que era.... e venham de lá mais considerações....
Vai pegar fogo!
há tantos burros mandando
em homens de inteligencia
que as vezes fico pensando
que a burrice é uma ciencia
até breve
credo !
tiraste-me as palavras da boca ó anónimo !
hic ...
é mesmo uma saída à joaquim de sousa...
valha-me deus, que falta de conhecimento da realidade!!!o que o leva a pensar isso?!
que marasmo!!!
quero mais pistas vamos.
ó menina psicóloga:
já não na rancheta garinas formosas e bem seguras como outrora!!!!!! Ou será que desde que não cheiro a pinga já não enxergo em condições? Se calhar é isso!!
Se me localizasse com mais pormenor o "outrora" de que fala, seria agradável para melhor análise.
Aguardo.
bem que pode aguardar... para mais tarde recordar! Acha que isso é importante?!?
Outrora é outrora.
Enviar um comentário
<< Home