Pampilhosa Linda

Espaço de libertação intelectual no âmbito das realidades transcendentes que ultrapassa as amplas margens da ortodoxia, com incursões na antropologia filosófica e na psicognosia, de cariz socio-cultural tenuamente perfumado com poéticas gotículas proeminentemente irónico-macónicas! Bem hajam!!!

sexta-feira, setembro 23, 2005

Ab ore ad auren*

Vossa Majestade se digne tomar em consideração o exposto mandando que a freguesia da Pampilhosa fique anexada ao Julgado de Coimbra, aonde sempre pertenceu, e a cujo Julgado os suplicantes querem ficar ligados pelas circunstâncias que ficam ponderadas.” Este excerto, caro leitor, insere-se no abaixo-assinado elaborado pelos nossos conterrâneos em 1854 em resposta à publicação do Decreto de 31 de Dezembro de 1853 que transferia, à revelia da vontade efectiva da população, a Vila da Pampilhosa da tutela administrativa de Coimbra para o jugo Mealhadense. Fernando II, então regente do reino, provocava ingenuamente uma instabilidade social que é, ainda hoje, latente nos rostos de um punhado de Pampilhosenses. Sejamos consensuais: a reposição da anterior situação administrativa não trataria qualquer mais-valia efectiva à nossa secular urbe. Ora o vácuo do discurso político concelhio e os sucessivos atentados ao nosso ambiente urbano (cartazes de campanha hediondos em privilegiados espaços sociais, ver texto A Mulher de César) tornaram, para o referido punhado, esta dependência insustentável. Em conversa de café, com comparsa de longa data, soube que grupos formados por membros da inteligentia pampilhosense elaboram estratégias e reúnem forças para uma alteração político-administrativa a médio prazo. Ri-me desenfreadamente e, após ultrapassadas as subsequentes gargalhadas, dei por mim invadido por um sentimento de tédio e vergonha. Será que estes tipos desconhecem que fazemos parte da Área Metropolitana de Coimbra? Será que não entendem que é de facto necessário elaborar estratégias mas para causas inteligentes e socialmente necessárias?
Defendo a Universalidade da cultura humana e vejo o mundo como um todo, uno; as fronteiras são para mim meras maquilhagens no Atlas; maquilhagens amadoras! Fico consequentemente aborrecido quando, indivíduos movidos por sentimentos de bairrismo-provinciano, perdem tempo com infantilidades desta natureza: revela futilidade maciça e mentalidade mesquinha. Acredito profundamente, que, com a aproximação da apanha da batata, eles se esqueçam e acordem para outra realidade; esperemos que sim!


*Locução latina que significa “de boca a orelha”; “segredo”.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Dura lex, sed lex



“A Liberdade é o direito de fazer o que as leis permitem”

Montesquieu

A ignorância em geral aniquila-me os sentidos. Quando é assumida como estilo de vida é algo intelectualmente atroz que roça o grotesco. A postura, caro leitor, é nestas ocasiões essencial. Somos todos ignorantes em relação a qualquer coisa em determinado contexto. Parece-me evidente, um lugar-comum! Mas há limites. Ora há por aí muito palhaço que se julga imune, vacinado contra tudo e todos. No actual contexto de eleições regozijo-me com os cambiantes dos discursos políticos: “o Sr. prometeu que faria o que deveria ter sido feito quando não fez, prometendo porém...”. A forma verbal prometer é de resto fundamental na compreensão desta pandemia e estes amigos arrogam-se salvo-conduto e espalham panfletos por tudo quanto é canto, erguem cartazes hediondos em locais sociais (ver texto A Mulher de César) e inundam-nos a Ágora com ruidosos megafones que vomitam, repetidamente, as suas mensagens polissémicas. Pois bem, polissémica é também a interpretação que podemos efectuar em relação à nossa lei fundamental. No contexto actual, qualquer recluso, candidato a autarca, goza da imunidade que esta lhe concede e pode, na prática, pavonear-se em liberdade durante a sua campanha eleitoral. Ridículo meus amigos, ridículo! Na iminência de ver confiscada a sua liberdade por um mandato de captura a outra Sra. foi de férias. Pois bem, regressou! Regressou não para ser julgada mas para perpetuar as virtudes na sua autarquia! E a populaça, pergunta o leitor mais distraído? A populaça, conivente, reúne e aplaude à porta do tribunal de fotografia em riste com a referida Santa de Foleiras estampada: é horripilante o défice de decência moral e social destes indivíduos! A Constituição da República Portuguesa prevê no artigo 13º que “todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei (…) e ninguém pode ser privilegiado ou isento de qualquer dever em razão de (…) convicções políticas, ideológicas, instrução ou condição económica.” Qual foi a parte que esta gentinha não percebeu? Constituição da República Portuguesa? É a lei fundamental de qualquer Estado civilizado e tenho para mim que quem reúne em euforia para aplaudir Sras. desta safra compactua com as mesmas atitudes e assume, consequentemente, a mesma postura social. Tendo em conta os últimos indicadores económicos concluo que indivíduos desta natureza não são precisos a Portugal: jorram das sarjetas. Uma corja de malandros e ignorantes! Felizes? Talvez! Mas malandros e ignorantes. As melhoras!

quarta-feira, setembro 14, 2005

Efemérides do cidadão


Há tipos que, decididamente, não sabem estar; carecem a meu ver de postura, sensibilidade e compromisso social em dose que lhes permitisse um correcto enquadramento geofísico, harmonia biológica. No fundo, algo que os tornasse suportáveis. Vejamos: num dos meus habituais passeios pela Mata do Buçaco, onde me abandono à infinita beleza do espaço, desço pelas escadas, junto ao eucalipto gigante, e já muito perto do Caifaz sou confrontado com um cenário verdadeiramente dantesco, um quadro macabro: um azevinho completamente crivado de preservativos de vários tamanhos, ergonomias e cores mas branqueados pelo uso; um pouco mais adiante um castanheiro da Lusitânia com inscrições, a golpe de canivete, tipo:”foi uma de muitas” ou “Raul ama Joaquim da Lameira”. Um cenário medonho! Bom senso, meus amigos, bom senso! Toda a gente gosta e eu próprio concordo com a perspectiva de Adam Smith de que os desejos e os gostos conduzem a sociedade ao conforto e à prosperidade; mas existem regras mínimas. Por muito vício que possamos ter nada justifica atitudes desta natureza; revela simplesmente desleixo moral e ausência de sentido estético nos intervenientes da paródia. Aceito quem viva em pocilgas ou lave os dentes com sabão-azul mas o bem comum é para manter imaculado. Este espaço pertenceu durante séculos ao Bispado de Coimbra tendo entre os anos 1628 e 1838 pertencido aos Frades Carmelitas Descalços que aqui viveram plantando e tratando do arvoredo. Cavalheiros, um mínimo de respeito! É nestas ocasiões que recordo, nostálgico, o tempo em que o acesso à mata era vedado a mulheres, sob pena de excomunhão; decorria o ano de 1632 quando Gregório XVI promulgou a bula que o proibia; a Porta de Coimbra lembra ainda este episódio na inscrição existente na junção dos seus dois portais. Creio contudo que não seria o melhor recurso. Aceitaria, contudo, um destino igual ao que o Marquês de Pombal infligiu aos “meninos de Palhavã”, filhos naturais de D. João V: encarceramento numa das divisões do convento; mas, actualmente, com um cipreste entre as nádegas de cada um! Com bestas desta natureza é necessário mão-de-ferro: quem não sabe jogar com os seus direitos e, mais grave, desconhece os seus deveres fica de fora do jogo; quem não sabe dançar encosta-se ao balcão e pede cerveja, ou seja, não dança! Regras elementares no jogo civilizado da vida em sociedade. Sou um tipo tolerante mas com a Natureza não se brinca.

segunda-feira, setembro 12, 2005

A mulher de César!


Todas as pessoas eleitas para cargos políticos, têm a responsabilidade de zelar políticamente pelos interesses daqueles que os elegeram, defendendo-os e garantindo que as decisões escolhidas são sempre um contributo que visa a satisfação do todo e que combate os favorecimentos individuais. A opção por um sistema que relegasse as organizações familiares ou religiosas para um papel secundário no aparelho do estado, já era utilizada em sociedades ocidentais há mais de 2500 anos, onde obrigatóriamente se terão que referir os contributos percutores de clístenes e péricles. Tendo desaparecido durante quase 2000 anos, o sistema democrático foi desenterrado nos ultimos séculos vindo a ser progressivamente a opção da grande maioria dos países modernos do ocidente. Tratando-se de um sistema que confia na responsabilidade e livre arbítrio de cada individuo, a democracia é consequentemente permissiva a excessos e abusos por parte dos intervenientes, sendo aconselhável por isso chamar a atenção dos prevaricadores sempre que tal se justifique.
Há cerca de duas semanas durante uma das frequentes incursões que costumo efectuar á parte alta da vila, observei que os dois habituais colaboradores da Junta de Freguesia(cantoneiros?), procediam a mais uma tarefa ao serviço da entidade empregadora, a Junta de Freguesia. Habitual, pensei...
Contudo, passado este tempo, reparo que a obra em execução se tratava de um suporte destinado a albergar um cartaz gigante com menções eleitoralistas a uma conhecida facção política !!!
Rapidamente, um flashback confirmou o pior:os cantoneiros, o "dumper", o presidente a fazer de capataz...
Sendo eu um profundo admirador de filosofías de cariz humanista e renovador, interiorizei a situação com um misto óbvio de tristeza e desalento.
Imaginemos ainda assim, que o "Dumper" e as ferramentas foram alugados à Junta, os cantoneiros foram pagos externamente, o capataz estava no seu tempo livre e que a Camara Municipal foi ressarcida pelo alcatrão arrancado na empreitada...Mesmo assim, mesmo este quadro surrealista sugere um abuso de confiança e uma falta de respeito desajustados em democracía.É como diz o povo: "Á mulher de César não basta ser séria,tem que parecê-lo"!
Bem hajam!!!

domingo, setembro 11, 2005

Missiva


Há coisas que, pela sua natureza promíscua e provinciana, me deixam com urticária e aborrecido; defendo a velha sentença de que “o que não é bom para mim não o será, em certa medida, para os outros” e, embora aceite quem defenda o contrário, sou peremptório na defesa da higiene comunitária como bem essencial da “res publica”. Ora, em conversa de café animada com comparsa de longa data, soube que em determinada parede de uma das poucas atracções turísticas da nossa urbe existia uma meia-lua de erosão provocada pela urina dos transeuntes. Até aqui tudo normal, não estivéssemos, caros leitores, perante um edifício do século XVI, caracterizado por uma escadaria exterior com uma varanda sobre pilares de pedra e um celeiro de construção posterior que passou a Casa Melo pelo decreto de 30/05/1834 de Joaquim António de Aguiar vindo também referenciado no INVENTÁRIO ARTÍSTICO DE PORTUGAL DA ACADEMIA DE BELAS ARTES. Compreendem que não estamos, portanto, a falar de um baldio! Que façam grafitos, estacionem motorizadas, tirem fotografias com flash ou marrem nas paredes: nada contra! Agora mijar no património, meus amigos, revela essencialmente duas patologias distintas, passíveis de medicação: ou incontinência ou um prazer mórbido em roçar a matraca em parede secular. Pois bem, meus caros senhores, serve a presente missiva para informá-los que o sítio onde têm por hábito mijar foi declarado IMÓVEL DE INTERESSE CONCELHIO há 25 anos pelo Instituto Português do Património Cultural. 25 anos! As bodas-de prata não se comemoram assim. Tenham lá juízo e urinem noutro sítio!

sexta-feira, setembro 09, 2005

Dez mil Pampilhosenses



Dez mil Pampilhosenses deixam a Pampilhosa e partem por estrada, de avião, de comboio e por todas as vias navegáveis. A Pampilhosa desertifica-se. Os comerciantes partem também. Como todos os anos alguns sobreviventes esfomeados devoram-se à porta da única padaria que permaneceu aberta.
Duzentos tiveram acidentes rodoviários, quarenta e cinco fizeram uma entorse ao descer as escadas do avião, doze debruçaram-se na janela do comboio apesar do perigo da operação e quatro caíram ao Cértima enquanto seguiam vagarosamente rumo à Pateira.
Doze mil Pampilhosenses saboreiam a volúpia do farniente. Entretanto já distribuiriam oitocentas bofetadas nos respectivos filhos, beberam duas mil cervejas frescas e engravidaram mais duzentas mulheres.
Quinze mil Pampilhosenses foram entretanto assaltados: navios foram avistados a cento e vinte milhas da costa nacional, atulhados com obras de arte e artefactos arqueológicos que seguiam rumo aos Estados-Unidos. O Presidente Bush tomou a palavra em diversas cadeias de televisão: “os E.U.A. não podem ser um depósito da Europa. Em democracia não é tolerável a pilhagem do bem comum; que estes artefactos permaneçam nos baldios por entre silvas e mato? É, de todo, preferível; Qualquer cidadão Iraquiano apanhado em flagrante delito, na posse de objectos de arte, será imediatamente condenado”. Obviamente que os Iraquianos não gostaram. E os Pampilhosenses? Em Colónia Bento XVI declarou que “todo o ser humano deveria ter o direito de possuir pelo menos um lar condigno, com ou sem objectos de arte”. Os extremistas declararam: “estamo-nos nas tintas; rebentaremos os lares dos infiéis, com ou sem objectos de arte”.
Dezoito mil Pampilhosenses deslocaram-se à igreja de Mirandela, em Trás-os-Montes (Portugal), para assistir à missa na companhia de membros do actual executivo governamental. No final da cerimónia os executivos tiveram de abandonar atabalhoadamente o local pela sacristia após os presentes se terem revoltado por terem ouvido o sermão em Mirandês. Em comunicado de imprensa Sócrates declara: “Só sei que nada sei” enfurecendo ainda mais os presentes que julgavam estar em Miranda-do-Douro e tinham, na verdade, confundido o bizarro idioma com o Latim.
Vinte mil Pampilhosenses concordam com uma mulher a presidente da autarquia do respectivo concelho nas próximas autárquicas; “Terá no entanto que partilhar o seu cargo com um homem”. Ah, Pampilhosenses!
Pampilhosenses! O perigo não tira férias! O perigo…eis o inimigo! Tomaram todas as previdências contra o perigo? Anteciparam determinadamente todos os perigos que vos circundam? Pampilhosenses…o fogo circunda-vos! Têm uma das mais importantes estações de caminho-de-ferro de Portugal. Tenham porém cuidado com os atentados (porque acham que transladaram a locomotiva?). Um caixote-de-lixo é o sítio ideal para albergar uma bomba surpresa! Nunca cheguem nem muito tempo antes nem muito tempo depois da hora do vosso comboio. Um Pampilhosense foi abalroado por uma trotinette conduzida pelo filho do chefe da estação da Mealhada. Na Mealhada se as balas vierem da direita tenham sempre atenção à resposta que surgirá da esquerda. Corram lateralmente, rezando; não rezem muito depressa pois não terão tempo para pensar naquilo que dizem; não corram muito depressa porque nos pinhais o terreno é de mato farfalhudo e molhado com resina à mistura é um convite permanente para o deslize. Na medida do possível evitem a estação da Mealhada e os bosques da cidade.
Na altura do Carnaval a Protecção Civil comunicava: se as nossas previsões se vierem confirmar teremos mais uma seca este ano. Confirmou-se a paródia! Pampilhosenses, é a Protecção Civil que vos aconselhava! Viram o inferno na televisão? Sentiram o calor nas bochechas? O inferno morou ao lado e não pensem estar a salvo enquanto não forem trabalhar; os 14 meios aéreos prometidos (comprados ou alugados?) serão apenas para o próximo ano. Divirtam-se, mas com moderação. Não falem com estranhos: há pessoas que mentem muito, desdentadas ou não. Não se aproximem de mesas-de-bilhar ou jogos de malha: poderão ser surpreendidos com algum objecto mortal. Quando comerem sopa de peixe não cuspam as espinhas para o prato; é uma questão de bom senso! Nunca se esqueçam do vosso nome e endereço postal: é uma questão básica! Andem sempre de carteira, especialmente quando vão ás compras.
Em Braga vão à missa, em Bragança vão ás putas, no Restelo não vão à volta: é feio e envergonha-nos. Não leiam livros que provoquem dor de cabeça. Façam boinas de GNR mas apenas com jornais apartidários. Não se esqueçam de tomar os medicamentos. Aproveitem, os que somente agora vão de férias, para engordar um pouco. Aproveitem as férias para emagrecer. Fervam a água antes de a consumirem. Se; se virem uma bomba-atómica é porque estão no Iraque (ou no Irão, ou na Coreia, ou na…?); hum…no Iraque! Se estiverem com São Pedro experimentem a auréola. Se encontrarem Deus é porque chegaram ao céu: se quiserem permanecer façam boa figura e portem-se convenientemente.
Pampilhosenses! Não comam a erva nem as flores do Jardim Municipal: para além de não ser boa dieta provoca alergias e as subsequentes borbulhas; a bicharada é também para ficar onde está, tenham lá paciência! Não saiam de carro-de-bois sem o colete reflector; não estacionem os vossos automóveis em subidas íngremes sem antes verificarem se ele está de facto imobilizado! Pampilhosenses, leiam este espaço regularmente! Pampilhosenses, não ponham os cotovelos nos vossos pratos, não ponham o dedo no nariz, não se cocem desnaturadamente, não cuspam desenfreadamente, não fod…enfim, são coisas que não se fazem em público! Hummm…!
Pampilhosenses, somos seguramente menos de dez mil mas já por cá andamos há séculos. Pensem nisso e noutras coisas e pensem que existe alguém, omnipresente ou não, que nos contempla! Bom regresso.

Baseado no texto de de Ton, Douze millons de Parisiens.

quinta-feira, setembro 08, 2005

Um grande bem haja!!!!


Meus amigos, tenho a possibilidade de vos transmitir em primeira mão que este blog está irreversivelmente condenado ao sucesso!
Porquê?Porque ainda não estávamos "no ar" e já tinhamos alguém interessado em saber mais acerca deste fabuloso projecto.Inquiriram-nos via electrónica com duas pertinentes questões:
-O porquê da escolha deste nome para o blog e "já agora" o que é que a Pampilhosa tem assim de tão lindo(desconfio que este gajo é da Mealhada).
-Pois meu amigo, como diz o povo "os gostos não se discutem", assim, o que umas pessoas acham belo outras podem considerar grotesco, dependendo sempre dos valores que cada individuo atribui em termos estéticos, morais, culturais ou até emocionais a tudo o que o rodeia!Por exemplo já me aconteceu pendurar a gabardina no que eu julgava ser um cabide e que afinal era uma obra do Cutileiro de grande valor artístico, do mesmo modo, onde algumas pessoas vêm uma bela estátua de um leitão da bairrada, outras vêm um cão, uma ovelha e até mesmo um rato!
O meu amigo já reparou como o simples acto de libertar uns inofensivos gases via rectal se pode tornar desagradável para quem os presencia e lhes reparte o aroma(principalmente quando a essência primária se tende a deslocar do chanel para os aminóacidos do feijão enlatado)?
Concerteza que já reparou.No entanto, uma reacção completamente diferente, é desencadeada na entidade emissora fazendo-se notar através de um tímido sorriso ou (ainda mais comum) uma sonora e bem disposta gargalhada!
Pois é meu amigo, duas pessoas ao mesmo tempo, à mesma latitude e longitude e sob influência da mesma pressão atmosférica com duas percepções completamente distintas daquilo que pode ser um incómodo ou em oposição, uma genial obra de arte!
Mas isto meu amigo, já é filosofia...
No que tange à sua outra questão (o motivo da escolha do nome deste blog): Embora assim o possa entender não se trata de um acidental exercício estético, pelo contrário;Reporto-me aos tempos em que era petiz e ia assistir aos jogos de futebol do pampilhosa.Nessa altura havia um elemento da assistencia que se destacava dos demais devido à devoção com que apoioava a equipa, gritando repetidamente -"Anda Pampilhosa linda"-
Mesmo quando a equipa perdia por cinco a zero a um minuto do fim e com as pessoas já conformadas a abandonar o recinto do jogo, ouvia-se gritar do outro lado:-"anda Pampilhosa linda"-
"Pampilhosa linda" é assim uma mensagem para aqueles que por vezes se deixam ir abaixo quando parece que as coisas não correm!Tem a clara intenção de incentivar todos os que acederem ao blog, lembrando-os que se deve sempre lutar até ao fim em prol dos nossos valores e objectivos! Mesmo que estejam a perder por cinco a zero, a um minuto do fim...
Mas isto já é filosofia outra vez...
Um grande bem haja!!!